Psiquiatria da Infância e Adolescência - Perguntas respondidas
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Olá, tudo bem? Espero que sim. Sim, você deve procurar um psiquiatra de preferência que tenha formação em psiquiatria infanto juvenil, pois essa doença precisa de um acompanhamento regular e multidisciplinar (com psicólogo e outras profissionais treinados a lidar com crianças). O quanto antes você procurar tratamento, mais fácil será resolver o problema. Espero ter ajudado e saúde na cabeça.
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O transtorno de oposição desafiante (TOD) se caracteriza por um padrão de comportamento infantil com um predomínio de raiva e irritabilidade, desafio da autoridade e posturas vingativas. Para o diagnóstico, é necessário que o problema não ocorra em situações isoladas, mas que persevere por pelo menos seis meses. A criança frequentemente se irrita, perde a calma, mostra-se ressentida ou incomodada, frequentemente desafiando figuras de autoridade (no caso, adultos). Com frequência incomoda propositalmente outras pessoas, questiona figuras de autoridade, recusa-se a obedecer regras. Frequentemente culpa os outros por seu mau comportamento ou erros e com alguma frequência se mostra mau ou vingativo.
 
Como ocorre com todos os transtornos psiquiátricos, sempre se deve recorrer a um especialista para o diagnóstico, pois a família pode até desconfiar da existência de um problema, mas apenas o especialista pode dizer com certeza se se trata de um comportamento normal ou não. Famílias muitas vezes não percebem a gravidade dos problemas ou, outras, exageram.
 
Uma vez confirmado o diagnóstico, o tratamento principal é a psicoterapia, usando-se medicações apenas se houver associados transtornos outros, como depressão ou ansiedade, pois o TOD não possui tratamento medicamentoso específico.
 
Na psicoterapia deve ser envolvida também a família, pois ela precisará aprender a lidar com a criança: encontros uma ou mesmo várias vezes por semana com um terapeuta não são suficientes para resolver o problema, se a família não participar.
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Primeiramente, "histeria" não é nada simples. Uma pessoa que reage a situações de estresse apresentando sinais físicos está se comunicando de uma forma deficiente com o ambiente, o que lhe traz sofrimento e muitas vezes também àqueles que a cercam - daí a procura de ajuda. E as síncopes de natureza psicogênica não são nem um pouco fáceis de tratar.
Por outro lado, deve-se ter muito cuidado antes de se diagnosticar um desmaio como sendo de origem psicogênica (psicológica). Há casos de predisposição cardiovascular (vasovagal) nos quais o estímulo táctil pode levar, eventualmente, a manifestações motoras. Ou seja, antes de se concluir que o problema é psicológico, deve-se fazer uma extensa investigação médica. E, se for concluída a origem psicológica, de modo algum se deve ter uma atitude de desprezo em relação ao(à) paciente ou usar o termo histeria no sentido pejorativo - trata-se de alguém que reage de uma forma específica ao sofrimento - ou para evitá-lo - e que merece tanta atenção quanto qualquer outro doente/paciente. -
Nunca ouvir falar em síndrome de desmaio ao toque, mas isto também não me parece simples histeria. A histeria é uma doença complexa que precisa de ajuda psicológica para resolver alguns sintomas. A pessoa que não recebe bem um toque pode ser autista ou ter sofrido alguma abuso fisico ou sexual.
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As relações e experiências de cada criança ao longo do seu desenvolvimento, tem papel relevante na formação de sua identidade. Assim, a exposição precoce à situações de estresse podem interferir no desenvolvimento emocional e psíquico da mesma.
As experiências sexuais sofridas pela criança, quando a mesma ainda não se encontra preparada para tal (seja física ou psicologicamente) trazem repercussões negativas para seu desenvolvimento psicossocial.
É consenso entre os pesquisadores do tema a relação entre vítimas de abuso e maior probabilidade de desenvolvimento de alterações negativas no comportamento, assim como maior predisposição para transtornos psicopatológicos durante a vida (SERAFIM, 2011). -
O termo "molestado" é um tanto ou quanto vago. Não sabemos se houve abuso físico ou sexual, e de que forma ele se deu. Foi um único episódio? Foi um fato continuado ao longo do tempo? A devida avaliação deve ser feita, o mais brevemente possível por Pediatra (na atualidade quase todos capacitados a fazer esta avaliação especializada), ou por Psicólogo Especializado em atender crianças e com treinamento nesta área.
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TOD significa Transtorno Opositor Desafiante, o diagnóstico é feito a partir de exame clínico através da pesquisa de sintomas como oposição, impulsividade, desobediência persistente e mentiras frequentes. O tratamento consiste em terapia familiar, psicoterapia e uso de medicamentos como Risperidona e Ácido valproico.