Psiquiatria - Perguntas respondidas
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É uma questão difícil, pois depende inclusive do modo como se define esquizofrenia, transtorno bipolar e um transtorno intermediário, o transtorno esquizo-afetivo. Mas, segundo um dos estudos que encontrei, os riscos de irmãos de bipolares serem esquizofrênicos é de 3 a 4 vezes maior do que na população geral e de filhos serem esquizofrênicos é de 2 a 3 vezes. Possivelmente, suas chances são semelhantes à da população geral, já que temos o dado de que sua mãe NÃO tem transtorno bipolar.
 
Porém, a herança dos transtornos psiquiátricos é complexa, envolvendo múltiplos genes. E estes genes podem ou não ser ativados dependendo de uma série de condições. Por exemplo, maus tratos na infância e abuso de álcool e maconha se relacionam ao desencadeamento de esquizofrenia.
 
Então, potencialmente, é possível que sua mãe tenha os genes, mas eles não tenham se expressado.
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Esta é uma pergunta que poderia ser direcionada a um psiquiatra forense, que é um profissional que tem conhecimentos maiores nas áreas que interligam a legislação e a psiquiatria.
 
A remissão de um quadro de esquizofrenia, entretanto, pode ser mais ou menos completo, de modo que, do ponto de vista psiquiátrico, a segurança para o paciente e a sociedade vai depender do quão completa é esta remissão. Entretanto, se não houver ideias persecutórias e alucinações, se a capacidade de comunicação for suficiente para lidar com as principais situações no trânsito e se houver segurança de que a pessoa está em uso contínuo das medicações, em princípio não há porque uma pessoa com esquizofrenia não possa dirigir.
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Pergunta já respondida.
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Fale com seu médico psiquiatra para troca da medicação por outro antidepressivo com ação ansiolítica como Fluoxetina, Sertralina, Bupropiona, Citalopram, Duloxetina, entre outras opções. Uma medicação calmante como Alprazolam ou Diazepam também pode ser usada como ajuda no controle das crises de ansiedade graves.
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Sim, há muitas opções de tratamento para TAG, o tratamento básico envolve um antidepressivo (Sertralina, Fluoxetina, Escitalopram, Citalopram, Paroxetina) e um benzodiazepínico como Alprazolam, Diazepam, entre outros. Atividade física regular, psicoterapia, meditação e ioga também podem ajudar bastante no controle dos sintomas ansiosos.
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O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) tem como tratamento de primeira escolha, em geral, medicações inibidoras seletivas de recaptação de serotonina (ISRS), tais como o escitalopram. Estas medicações frequentemente diminuem o apetite, no início do tratamento. Este efeito, raramente, permanece, ou pode desaparecer no intervalo de semanas a meses. Quando a ganho de apetite, trata-se de um efeito colateral que não está realmente comprovado por estudos científicos: várias pessoas se queixam deste efeito, porém tem de se levar em conta outros fatores que podem levar ao aumento de peso:
- mudanças nos hábitos alimentares;
- mudanças nos hábitos de exercícios;
- envelhecimento (o consumo energético tende a diminuir com a idade);
- melhora do apetite, em alguns casos de pessoas com depressão ou ansiedade que estavam inapetentes, antes do tratamento OU apetite aumentado, em alguns casos de ansiedade não tratados adequadamente;
 
Frequentemente, com a suspensão da medicação, não se observa diminuição do apetite ou do peso.
 
Medicações sem efeitos colaterais não existem, mas logicamente é possível sempre tentar trocar uma medicação que esteja desagradando a um(a) paciente por outra e, por vezes, mesmo uma medicação da mesma família (ISRS) pode ter efeitos colaterais ligeiramente diferentes.
 
Os ISRS foram originalmente desenvolvidos como antidepressivos e depois se observou que funcionavam bem como medicações para ansiedade. Existem antidepressivos que não aumentam o apetite (e podem mesmo diminuí-lo), como a bupropiona, mas apesar de já ter visto algumas pessoas dizerem que melhoraram da ansiedade com ele, não é aprovada para o tratamento da ansiedade e por vezes o relato é de piora.
 
Outra opção, se você está bem do TAG e o problema é o aumento de peso, é partir para dieta com reeducação do comportamento alimentar (com nutricionista comportamental ou terapeuta comportamental com experiência em comportamento alimentar). A diferença entre este tipo de intervenção e a habitual feita por nutricionistas é que você vai fazer um mapeamento de seu comportamento alimentar para aprender a controlá-lo e NÃO apenas receber uma dieta para seguir "a seco" com aquelas orientações básicas de comer em pratos pequenos, quantidades pequenas, várias vezes ao dia, equilibrar tipos de alimentos etc.
 
Se seu(sua) médico(a) tiver experiência com medicações aprovadas para o controle do apetite, pode eventualmente acrescentar alguma ao escitalopram. É necessário ter experiência, porque algumas medicações e doses podem piorar a ansiedade.
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O choro pode ter as mais variadas causas. A depressão se caracteriza por uma tristeza ou desânimo profundos, perda da capacidade de sentir prazer e da motivação, associado a problemas como insônia ou excesso de sono, perda ou excesso de apetite, lentidão dos movimentos ou agitação ou inquietação, dificuldades de pensar ou concentrar-se, pensamentos tristes e pessimistas que podem chegar a ideias de querer morrer ou mesmo de matar-se, sentimentos de culpa excessivos. Nem sempre as pessoas com depressão comunicam o que sentem, apesar de que a maioria, quando perguntada a respeito, admite sentir e pensar desta forma. Porém, muitas vezes se percebe as alterações justamente porque a pessoa apresenta-se excessivamente chorosa ou irritada.
 
Entretanto, o choro sem motivo pode ocorrer no contexto de algumas lesões cerebrais, também. Outra situação possível é quando a pessoa não se sente à vontade de contar o motivo pelo qual está chorando.
 
É importante que consulte um psiquiatra com prática com pacientes idosos.