Psiquiatria - Perguntas respondidas
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O transtorno de personalidade borderline é caracterizado por uma grande instabilidade nos objetivos, nos afetos e nos comportamentos em geral, ao longo da vida. São pessoas que alternam facilmente do amor ao ódio (sobretudo, se são frustradas), começam coisas e não terminam, passando de uma atividade a outra (trabalhos, estudo), frequentemente têm história de múltiplos relacionamentos, que se rompem, entre outros motivos, pela facilidade de odiar, perante frustrações. A pessoa com transtorno borderline frequentemente tem uma sensação contínua de um vazio, que a faz sofrer muito e o tenta preencher com vários tipos de estímulos (envolvimentos afetivos, drogas). Tentativas de suicídio e auto-mutilação também são frequentes.
Não há um tratamento específico para o transtorno borderline. A psicoterapia cognitivo-comportamental tem se mostrado útil e o psiquiatra pode usar medicamentos específicos para os outros transtornos, que frequentemente são concomitantes com o transtorno borderline, tais como transtornos ansiosos e depressivos.
Entretanto, existe uma tendência, incorreta, de alguns psiquiatras rotularem como borderline quaisquer pacientes mais instáveis e difíceis de tratar. Muitas vezes, ao longo de trinta anos de experiência, encontrei pacientes que foram diagnosticados como borderline e eram, na verdade, bipolares. E o transtorno bipolar, ao contrário do borderline, tem tratamento medicamentoso bastante eficiente e, se for este o caso de seu marido, o prognóstico é muito melhor.
Você deve procurar um psiquiatra com prática com pacientes borderline. Ele poderá orientar você sobre como conseguir trazer a pessoa para atendimento e como pode influenciá-la para aceitar tratar-se e melhorar.
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Não é normal a pessoa sentir vontade de chorar e se matar. Pode estar, simplesmente, passando por uma situação muito estressante ou estar apresentando um episódio depressivo. Deve, o mais rápido possível, procurar um psiquiatra para esclarecer a origem destes sintomas e orientar o tratamento adequado.
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Por favor, repita sua pergunta com mais detalhes, porque não foi possível entender. Se está querendo dizer que, para ela, o mundo perdeu o sentido, pode estar tendo um episódio depressivo. De qualquer forma, o ideal é você consultar um psiquiatra e levá-la.
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Olha, o laboratório que produz o orap decidiu parar de fabricar o medicamento, pois o remédio não estava dando lucros à empresa. Infelizmente a suspensão abrupta do remédio causará vários sintomas e desconfortos, inclusive piorando o quadro psiquiátrico e clínico, pois o corpo não estava preparado pra essa redução de vez. Aconselho você procurar o Psiquiatra pra ele trocar por outro o quanto antes. Forte abraço e desejo saúde na cabeça.
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O Orap* (pimozida) é uma medicação antipsicótica, usada sobretudo no tratamento de transtornos psicóticos como esquizofrenia, transtorno esquizo-afetivo e transtorno delirante. Pela existência de medicações consideradas mais seguras, atualmente seu uso não é tão frequente quanto era, no passado. Em princípio, parar de tomar a medicação não deve ter efeito direto sobre a pressão arterial, mas se o problema tratado pelo Orap* piorar, em função de não o estar tomando, o estresse disto resultante pode estar relacionado a um aumento da pressão arterial. Mas, somente você consultando um médico é possível determinar a real origem do aumento de pressão. Mas, independente de a pressão estar elevada devido ao problema psiquiátrico ou por outro motivo, se ela estava tomando Orap* e parou, deve passar num psiquiatra, porque há grande probabilidade de ela precisar continuar o tratamento, com o Orap* ou outra medicação. Os transtornos tratados com Orap* geralmente requerem tratamento prolongado e, muitas vezes, pela vida inteira.
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Olá, espero que você esteja melhor. Isso pode ser um quadro de transtorno de adaptação, muitas pessoas às vezes não conseguem lidar com questões que antes conseguiam, é devido à repetição do problema e em situações estressantes você acaba ficando vulnerável a adoecer mentalmente. Foi o que ocorreu com você. Isso pode evoluir com depressão. Recomendo a você, imediatamente iniciar terapia, mudar alguns hábitos como não levar trabalho pra casa, ter lazer toda semana, ter uma agenda para evitar sobrecarregar sua memória com tantas lembranças. Fazer exercícios. Fica com Deus e saúde na cabeça.
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Situações de conflito são situações de estresse e, mesmo sem depressão, passando por este tipo de problema, pessoas podem sentir-se tristes, chorar e ter tensão no corpo. Entretanto, algumas pessoas podem, realmente, desenvolver transtornos de ansiedade ou depressão, sobretudo se as situações estressantes forem repetidas ou prolongadas. Vale a pena você consultar um psiquiatra e discutir as possíveis saídas. Às vezes, uma psicoterapia, na qual você exponha o que ocorre e procure soluções comportamentais pode ser suficiente. Outras vezes, uma medicação pode ajudar. Mas, não deixe de procurar ajuda.